Conheça um pouco mais da nossa atuação nas Estratégias comprovadas cientificamente:
Metodologias
ABA
ABA é a sigla de Applied Behavior Analysis, traduzindo; Análise do Comportamento Aplicada, alguns estudos definem a aplicação de ABA para pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) como uma forma de “aprendizagem sem erro”. ABA enfoca basicamente no reforço dos comportamentos positivos.
A Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos reconhece que a terapia ABA é o recurso terapêutico que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficiente, assim como a academia nacional de ciências dos EUA, por experiências concluiu que o maior nº de estudos devidamente documentados se utilizou de métodos comportamentais.
A terapia ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que a criança seja capaz de adquirir independência e melhorar sua qualidade de vida. Entre as habilidades ensinadas incluem-se os comportamentos, que interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo tais como:
1- Comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional;
2- Comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática;
3- Atividades da vida diária como higiene pessoal.
4- A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais, e fugas
Skinner, B.F. (2000). Sobre o behaviorismo. Traduzido por M.P. Villalobos. São Paulo: Cultrix. (trabalho original publicado em 1974)
EIKESETH, S., SMITH, T., JAHR, E., & ELDEVIK, S. Outcome for children with autism who began intensive behavioral treatment between ages 4 and 7: A comparison controlled study. Behavior Modification, 31, 264–278. 2007
SOUZA, A. C. Estratégias de Ensino Naturalísticas: Ensino Incidental. In:SELLA, A. C.; RIBEIRO, D. M. (Org.). Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista. Curitiba: Editora Appris, 2018, p. 205-2016.
PSICOMOTRICIDADE
A “Psicomotricidade”, abordagem cientificamente comprovada na educação e tratamento da pessoa com deficiência, é atualmente conhecida como uma integração do corpo em movimento, produto de uma relação entre a pessoa e o meio.
A finalidade da psicomotricidade é promover, através de ações pedagógicas e terapêuticas, o desenvolvimento de todas as potencialidades da pessoa com deficiência propiciando o equilíbrio biopsicossocial.
Com as sensações e os movimentos do corpo, fazendo experiência dos objetos, tocando-os, agarrando-os, mordendo-os, manipulando-os, ela provoca adaptações motoras e mentais que a ajudam a se mover de maneira expressiva, mímica e gestual; portanto, movendo-se melhor, ela consegue adquirir novas adaptações pelas quais se torna capaz de fazer outros gestos, movimentando-se ainda melhor, num processo que não tem fim e no qual se enriquecem e desenvolvem as capacidades motoras e se estrutura a personalidade/subjetividade, consciência corporal e integração dos sistemas sensoriais.
CURRÍCULO FUNCIONAL
O Currículo Funcional Natural (CFN) viabiliza o desenvolvimento das habilidades essenciais, a participação em vários ambientes de maneira integrada. Apresenta a conduta para o sujeito participar da vida social e independência, contando com a família e profissionais, é uma abordagem em que o método se adapta à pessoa e não a pessoa ao método; são uma genuína alternativa para o ensino de pessoas com autismo e outras limitações por ter sua concepção pedagógica baseada em ideias humanistas; não se prende ao diagnóstico, mas está centrado no sujeito, visto como uma pessoa que possui desejos e é capaz de se comunicar e fazer suas escolhas; abrange todos os contextos de vida: escola, comunidade, família e trabalho.
O CFN surgiu após pesquisas, foi constatado que o Currículo Funcional Natural possibilita novas adaptações e oportunidades ao indivíduo que apresenta dificuldade ou necessidade diferenciada de se desenvolver de acordo com suas deficiências. As estratégias acontecem no sentido da organização curricular para apoiar os indivíduos com dificuldades no processo de ensino aprendizagem.
Sua proposta é a melhoria no processo de ensino aprendizagem, e como meio para auxiliar as pessoas com necessidades especiais a relacionar-se com o mundo ao seu redor. O objetivo dessa perspectiva de organização curricular é o de desenvolver os indivíduos e suas capacidades sensoriais, perceptivas e emocionais como sendo o primeiro passo imprescindível para favorecer o crescimento das outras áreas do comportamento humano.
Possibilitar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, através do conhecimento do ambiente por parte do indivíduo, condições para fixar estímulos, estabelecer relações significativas de causa-efeito, compreender os fenômenos essenciais de seu meio e resolver os problemas cotidianos que lhe são apresentados.
A organização do currículo necessita dar ênfase no cotidiano da vida do indivíduo e de todos os envolvidos. Escola, educadores, profissionais e familiares deverão colaborar para que os educandos desenvolvam o máximo de suas potencialidades
Os procedimentos de ensino para realização do Currículo Funcional Natural que são elaborados pelo educador para que ocorra a aprendizagem que são:
- O educador deve ensinar com entusiasmo e motivação.
- O tom de voz e a linguagem usada com o aluno devem ser o mais natural possível, sem gritos e tons muito altos.
- As habilidades do aluno devem ser mais enfatizadas que suas fraquezas. O “não” deve ser pouco usado, priorizar os elogios.
- A atenção do aluno deve ser garantida antes de ser dada uma ordem ou fazer um pedido.
- As ordens dadas devem ser claras.
- As ordens dadas devem ser apenas aquelas indispensáveis.
- As ordens não devem ser repetidas mais de duas vezes.
- Deve ser dado um tempo suficiente para a resposta do aluno.
- O educador deve manter-se calmo.
- O educador deve brincar e interagir como um amigo com seu aluno.
- Elogios devem ser descritivos, quando necessário. Ajudas físicas devem ser evitadas, de forma a dar ao aluno a oportunidade de fazer sozinho.
- Os interesses do aluno devem ser aproveitados para ensino de novas habilidades.
SUPLINO, M. Currículo Funcional Natural: guia prático para a educação na área de autismo e deficiência mental – Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência; Maceió: ASSISTA, 2005. P.: 21 cm. (Coleção de Estudos e Pesquisa na Área da Deficiência; v. 11.).
BARIVIERA, Diomara Nack. O Currículo Funcional Natural, para o desenvolvimento cognitivo de alunos com deficiência intelectual do Ensino Fundamental – Anos Iniciais. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor PDE: Produção Didático-pedagógica, 2014. Curitiba: SEED/PR., 2016. V.2. (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_
uel_edespecial_pdp_diomara_nack_bariviera.pdf. Acesso em: 26/11/2020. ISBN 978-85-8015-079-7
COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA
A comunicação alternativa aumentativa (CAA) tem o objetivo de ajudar pessoas com necessidades de se comunicar de uma forma mais eficiente, sendo de forma mais funcional, possuindo grande impacto direto no desenvolvimento e qualidade de vida, possibilitando autonomia, liberdade de escolha e expressão.
Contribui para uma maior qualidade na educação, desenvolvimento cognitivo e a inclusão no ambiente escolar, bem como melhora no relacionamento familiar e social. Em sessão, utilizamos dessa ferramenta terapêutica com o objetivo de desenvolver as habilidades comunicativas, incluindo a linguagem receptiva, expressiva e aspectos cognitivos.
A comunicação multimodal engloba diversas maneiras de se comunicar, como gestos, expressão facial, escrita, movimento corporal e olhar. Na maioria dos casos, utilizamos baixa tecnologia, através do uso de pranchas e flipbook, e na alta tecnologia, contamos com o apoio de recursos através do tablet, sendo um sistema com saída de voz. Ambos, baixa ou alta tecnologia, contém palavras essenciais, sendo um vocabulário seletivo que através de pictogramas, abrange palavras que utilizamos socialmente para realizar solicitações, expressar ideias e realizar comentários.
Para definir qual sistema a criança irá utilizar é realizada uma avaliação multiprofissional para averiguar suas possibilidades motoras, cognitivas e de linguagem, assim, podemos iniciar a inserção em todos os ambientes juntamente com o apoio da família, escola e terapeutas.
A Integração Sensorial é um processo neurobiológico que promove a capacidade de processar, organizar, interpretar sensações e responder de maneira apropriada ao ambiente e ao fazer do cotidiano.
Permite que os sentidos forneçam informações acerca das condições físicas do corpo e do ambiente e, portanto, possibilita à criança experimentar o corpo nas ações e nas atividades do dia-a-dia.
Em contraste, a Disfunção de Integração Sensorial é uma desordem na qual a informação sensorial não é integrada ou organizada adequadamente no cérebro. E pode produzir vários graus de problemas no desenvolvimento, no processamento da informação, no comportamento e na aprendizagem tanto motora quanto conceitual.
A práxis, capacidade de idealizar, planejar e executar as ações, também pode estar comprometida. O desenvolvimento da práxis é um dos objetivos da Integração Sensorial, que favorece a capacidade prática de realizar as atividades da vida diária como: alimentação, vestuário, higiene pessoal, brincar, atividades escolares e participação social, entre outras.
A avaliação e o tratamento de Integração Sensorial são realizados por terapeutas ocupacionais e os objetivos são: prover experiências sensoriais, auxiliar a criança na inibição e/ou modulação da informação sensorial; organizar a criança no processamento de respostas mais adequadas aos estímulos sensoriais; e promover oportunidades para o desenvolvimento de respostas adaptativas cada vez mais complexas.
Os procedimentos de Integração Sensorial são delineados para alcançar as fundações sensoriais e motoras que ajudam a criança a aprender novas habilidades mais facilmente. Incorporando necessariamente o interesse e motivação da criança, o terapeuta ocupacional desenvolve a intervenção num contexto de brincadeiras, que envolve cuidadosa seleção das experiências sensoriais (toque, movimento, sensações musculares e articulares), planejada individualmente para cada criança, com desafios “na medida certa” com encorajamento, empatia, motivação e que conduzam a organização da criança e, portanto, de seu sistema nervoso.