Ser autista, viver e conviver com o Transtorno de Espectro do Autismo (TEA)

Para tornar essa realidade mais pr?xima das pessoas, estabelecer v?nculos e compartilhar viv?ncias, preparamos este artigo que re?ne perguntas e respostas compartilhadas por profissionais, colaboradores e familiares do Instituto SER.

 

Fizemos as mesmas perguntas para diferentes pessoas que atravessam seus dias – e noites – no caminho do conhecimento, do afeto e do aprendizado ao lado de crian?as e jovens com TEA. Cada uma trouxe seu depoimento, seu contexto, seu modo de vivenciar e de enxergar essa experi?ncia.?

 

Venha com a gente, conhe?a as hist?rias e sinta o quanto ? poss?vel mergulhar e abra?ar as jornadas coletivas, plurais e, ainda assim, ?nicas. Esperamos que esse encontro de vidas, dedicadas ao autismo, possa despertar novos olhares e novas perspectivas. Boa leitura!?

 

  1. Educadores (professores e t?cnicos)

 

Por Tamiris Delfito

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Porque amo ser desafiada! Amo o mundo azul! Amo tentar montar quebra-cabe?a! Amo respeitar os limites, as sensibilidades e proporcionar sabedoria, novas habilidades e novos comportamentos. E amo o contato com as fam?lias e fazer orienta??es. Pois a fam?lia ? parte essencial do meu trabalho.?

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

N?o consigo descrever somente uma hist?ria com meus educandos, pois cada dia acontece uma nova atitude, descoberta, gestos e conquistas dos mesmos. Todos os minutos s?o importantes e marcantes! Por?m, no geral, ? muito bom quando o comportamento e o desenvolvimento do educando s?o percebidos pelos pais, amigos e sociedade. Quer dizer que estamos no caminho certo!?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Ao ensinar tenho certeza de que estou aprendendo e que preciso me questionar e me avaliar constantemente para fazer o melhor ao educando.?

 

O mais importante ? que cada um tem sua singularidade e tempo no desenvolvimento que devo respeitar, por?m n?o posso deixar de apresentar novos conhecimentos e habilidades.?

 

Eu tamb?m sou parte essencial na vida do educando, podendo marcar de forma positiva ou negativa a vida dos mesmo e da fam?lia. Portanto, sempre dar o melhor de mim.?

 

Por Ana Gl?ria de Araujo Tomesani

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

No Ensino M?dio, optei pelo magist?rio, pois j? havia escolhido minha profiss?o, ser professora. Logo nos primeiros est?gios, as professoras me orientavam a ?ajudar? os que apresentavam dificuldades. Imatura e sem conhecimento, eu n?o entendia o porqu? do meu encantamento por um simples olhar quando estava com esses alunos.?

 

Assim foi o meu percurso. Trilhar caminhos que me direcionaram a buscar novos conhecimentos para estar com essas pessoas e, dia ap?s dia, foi poss?vel compreender que nesse espa?o existiam possibilidades que instigavam o meu desejo de buscar, promover e realizar a??es e estrat?gias para uma aprendizagem m?tua.??

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

N?o apenas hist?rias, mas sim momentos que me possibilitam refletir sobre o fato de que nas rela??es afetivas se abrem janelas para uma aprendizagem efetiva e significativa. E que pode ser atrav?s de um olhar, de um gesto, que posso transformar, mudar e fortalecer v?nculos que me levam a buscar novos caminhos de aprender, reaprender e ensinar.??

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Enquanto ensino aprendo a compartilhar sentimentos, emo??es, frustra??es e conquistas. Resgatar o j? aprendido, conhecer e compreender o novo. Olhar e n?o apenas ver. Saber esperar, praticar a escuta, criar la?os a partir do inesperado.?

 

Ser flex?vel, buscando sempre conhecer o sujeito na sua singularidade e colocar em pr?tica, dia- a- dia, o que aprendo e ensino e, assim, seguir construindo o meu saber nas rela??es.??

 

Por Thais Abad Sanchez

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Pensando na minha atua??o profissional como fisioterapeuta, observo a import?ncia em trabalhar com TEA durante os atendimentos di?rios. Essas pessoas apresentam muitas altera??es motoras que, muitas vezes, s?o observadas somente no dia- a- dia e que ficam despercebidas durante uma avalia??o.?

 

Os maiores exemplos de dificuldades motoras que eu encontro durante os atendimentos s?o as dificuldades nas fun??es psicomotoras, principalmente, na coordena??o motora grossa, no??o temporo-espacial e equil?brio.?

 

Uma vez que a fisioterapia previne, reabilita e educa o processamento dos movimentos, a interven??o fisioterap?utica fica importante para o desenvolvimento e corre??o dessas altera??es motoras caracter?sticas do TEA.?

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

Uma hist?ria marcante que me recordo – e sempre uso como exemplo – foi de um atendimento que o objetivo era trabalhar a consci?ncia, a imagem e o esquema corporal.?

Realizei uma atividade de desenho do corpo atrav?s da sombra feita pelo sol no ch?o.?

 

Ap?s desenhar o corpo, questionei para a crian?a onde estava localizado o nariz na sombra.?

Imediatamente a crian?a me respondeu apontando o pr?prio nariz em seu rosto e n?o o desenho da sombra.?

 

Nesse dia ficou evidente as caracter?sticas do TEA de dificuldade de reconhecimento de imagem corporal associado ? proje??o das partes do corpo humano no outro.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Durante meus atendimentos de fisioterapia com as crian?as com TEA, que apresentam caracter?sticas e demanda de pacientes de quadro neurol?gicos, o que mais aprendo ? ter paci?ncia, uma paci?ncia associada ? motiva??o.?

 

Muitas vezes a expectativa para melhora ? alta, mas essa melhora significativa leva um tempo para acontecer e esse aprendizado de paci?ncia e motiva??o faz com que eu observe pequenas melhoras diariamente e que cada dia ? um novo dia com essas crian?as. Um novo dia cheio de oportunidades e novas experi?ncias.

 

Por Gabriela Cuculo Mosca Diz

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Pessoas com TEA apresentam dificuldades no planejamento motor, d?ficits no comportamento sensorial, estereotipias motoras, dificuldade no equil?brio e na marcha, al?m de outros comprometimentos motores que interferem no seu desenvolvimento e independ?ncia nas atividades de vida di?ria.?

 

A fisioterapia tem como objetivo trabalhar esses aspectos motores, sens?rio motor, t?nus muscular, t?nus postural, coordena??o motora, equil?brio, lateralidade, planejamento motor, no??o espacial, esquema e imagem corporal, entre outros, promovendo sempre uma melhor qualidade de vida.

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

Um dos momentos que mais me marcou, com certeza, foi quando eu entrei no Instituto SER e atendi o meu primeiro grupo. Entrei na sala com os tr?s meninos.?

 

No primeiro segundo, um fugiu e saiu correndo pelo Instituto inteiro, o outro come?ou a fazer xixi no meu p? e outro escalou o espaldar chegando no teto. Naquele instante minha vontade era gritar desesperadamente. Me dei conta ali do tamanho do desafio que eu iria enfrentar.?

 

Em vez de gritar, respirei fundo e mantive a calma. Consegui fazer o menino do espaldar descer cuidadosamente. Simplesmente ignorei o fato de haver xixi no meu p? e, logo em seguida, algu?m trouxe o menino que havia fugido de volta para minha sala (sim, aqui no Instituto sempre h? parceiros nos ajudando o tempo todo).?

 

Nos outros minutos, consegui reunir os tr?s meninos em uma ?nica atividade. Supera??o foi a palavra. Percebi que ali havia muito de mim a ser explorado, a ser doado e a ser realizado.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Aprendo sobre paci?ncia, supera??o e criatividade. Aprendo que nem tudo acontece como voc? espera e, sim, no seu tempo. Aprendo a felicidade em coisas pequenas.?

 

Por Aline Murari Ferraz Carlomanho

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Nenhum dia ? igual ao outro. Sempre h? uma nova descoberta, sorrisos, aprendizado e conquistas di?rias.

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

A hist?ria que mais me marcou foi de uma atividade de vida di?ria, da alimenta??o de forma mais independente poss?vel de um educando que, at? ent?o, era dependente em todos os aspectos da alimenta??o.?

 

Foi um processo longo, di?rio e de muita persist?ncia. Eu era a respons?vel pelo almo?o dele todos os dias, sempre acreditando na possibilidade de acontecer e nunca pensei em desistir. Assim, consegui com que ele evolu?sse na alimenta??o eficaz e independente.

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Paci?ncia, respeito, perseveran?a, afeto, compreens?o, doa??o, dedica??o e prop?sito.?

 

Por Danielle Valeriano Testi

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Desde a gradua??o em Educa??o Especial, j? havia me encantado com o ?Transtorno do Espectro do Autismo?.?

 

Esse trabalho possibilita voc? se reinventar a cada dia e a aprender que existem tantas formas de aprendizado e in?meras estrat?gias a serem desenvolvidas para que seu aluno progrida.?

 

Hoje um olhar, gestos e toques t?m um significado muito importante para minha rela??o com meu aluno. Essa atua??o me torna uma pessoa que sempre vai apostar na potencialidade de cada um.?

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

A hist?ria mais marcante dessa minha trajet?ria no Instituto SER foi reaprender a ?brincar? ou acordar o meu infantil para, assim, colocar meu corpo em cena nas minhas interven??es.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

?Olhar, respeitar, acreditar, incentivar, aprender, compartilhar e transformar.

 

Por Hedilamar Bortolotto

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Quando comecei a trabalhar com TEA, nenhuma fonoaudi?loga queria trabalhar. Minhas colegas ficaram surpresas por eu trabalhar na ?rea.?

 

Os portadores de TEA t?m esse olhar diferenciado sobre o mundo e isso enriquece nosso modo de ver o mundo. Eles t?m uma intelig?ncia peculiar que muito nos ensina.?

 

Eles nos surpreendem, nos ensinam, mas tamb?m necessitam muito de n?s.?

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

S?o tantas hist?rias nesses 30 anos. Mas eu me surpreendi com o v?nculo feito com um educando que j? saiu. Ela se chamava Vit?ria. Ela me atendia, ouvia, mesmo em momentos de crise, e at? hoje tenho saudades dela.?

 

Me lembro tamb?m de um aluno cuja m?e relatou que ele n?o dormia h? alguns dias. Como ele n?o era verbal, naquela ?poca, de forma intuitiva, eu entendi que ele poderia estar demonstrando que estava com receio de sair do SER, j? que sua escola regular o havia dispensado. Fiz uma ?m?sica? (uma can??o), dizendo que ele estudava aqui e aqui continuava.?

 

Cantamos juntos e, naquela noite, ele dormiu bem. Muitas vezes, pela intui??o e conhecimento da hist?ria do aluno, conseguimos solu??es sobre as quais nem sab?amos ter.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Eu acho que aprendo a ser mais paciente e a ser mais tolerante com quem n?o pensa como eu.

 

Por Gabriel Donizeti Santos da Silva

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Porque acredito que posso contribuir para seu desenvolvimento, em outras palavras, ? importante criar oportunidades para as pessoas com TEA. Aprendendo a lidar de forma inclusiva e emp?tica com os nossos semelhantes.?

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

Os espet?culos! Emocionante ver os alunos envolvidos e felizes. Aquece o cora??o.

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Para mim, ? uma troca. Aprendo a ser mais paciente, observar os detalhes, a ouvir e retribuir em forma de afeto e carinho.

 

Por B?rbara Roberta da Silva

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Eu poderia lhe dar mil raz?es pelas quais escolhi atuar com pessoas com defici?ncias….ainda mais crian?as. No entanto, h? tr?s que resumem tudo: amor, identifica??o e escolhas.?

 

O dia a dia vai al?m do simples desempenho profissional para nos enriquecer como pessoas, para nos permitir crescer e ter uma vis?o muito mais ampla da nossa realidade.?

 

Apesar de n?o ser um trabalho f?cil, ? um desafio que definitivamente vale a pena, pois as pequenas conquistas possuem grandes esfor?os e valoriza??es.?

 

Quando algu?m assiste ? primeira aula na universidade e entra em contato com a ampla gama de assuntos que comp?em a psicologia, geralmente, se pergunta se acertou na escolha dessa profiss?o. Eu, sem d?vida, acertei!

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

Minha trajet?ria aqui no Instituto SER est? bem no come?o, mas j? tenho recorda??es. Uma delas foi o depoimento da genitora Marcela (educando Felipe) no qual ela fala da sua experi?ncia na participa??o no ABA para os pais. Foi muito gratificante e marcante ver o resultado positivo no meu trabalho.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Aprendi, acima de tudo, a acreditar! Acreditar no poder do trabalho, no meu instinto, nas minhas t?cnicas e conhecimento. Aprendi a selecionar as prioridades, as quais valem a pena lutar e aquelas que devo deixar para o momento certo.?

 

Aprendi que as conquistas s?o antecedidas por muita luta, que os educandos t?m muito a aprender e muito a ensinar. Aprendi que o aprendizado ? algo constante e que nenhuma verdade ? absoluta.?

 

Aprendi a for?a de um refor?ador no momento certo, a me readequar mesmo quando meus neur?nios n?o ag?entam mais pensar, a olhar para frente e seguir. Aprendi que fam?lia ? pilar, ? for?a, ? amor, ? que preciso deles comigo.?

 

Aprendi a felicidade de uma pequena conquista, a import?ncia de um olhar, a espontaneidade de uma comemora??o, a esperan?a de um sinal de vit?ria.?

 

Aprendi tamb?m a tristeza do julgamento. Aprendi e ainda tenho muito a aprender. E meu maior professor tem apenas uma caracter?stica que eu conhe?o: o autismo!

 

Por F?tima Iara Abad Sanchez

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Primeiro porque s?o pessoas que merecem o nosso cuidado, a nossa escuta e, profissionalmente, o est?mulo em apoio ao seu desenvolvimento. Desenvolvimento por se tratar de um transtorno que invade o desenvolvimento com preju?zos na comunica??o e social.?

 

Esse transtorno j? n?o ? mais desconhecido pela ci?ncia. Ela ? capaz de mostrar os caminhos para uma interven??o global, em todos os ciclos de vida, com uma equipe transdisciplinar, j? que cada ?rea de atua??o tamb?m tem suas especificidades e compet?ncias.?

 

No entanto, mesmo com tratamentos j? definidos pela ci?ncia, ? importante lembrar que mesmo dentro de um mesmo diagn?stico, temos que pensar na pessoa com suas caracter?sticas e compet?ncias pessoais e individuais e que ela faz parte de um sistema, uma fam?lia e de uma cultura na constru??o e defini??o do tratamento.?

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

?Pelos anos de Instituto SER s?o muitas hist?rias!?

 

Come?o nas lembran?as de 1987, quando em uma pequena sala emprestada, dentro de uma escola regular, havia um grupo de sete crian?as. Ainda dentro de uma vis?o de segrega??o era: ?A sala das crian?as com problemas?.?

 

Ent?o, eu come?o a sess?o de psicologia pensando que seria emergencial ?acalmar? aquelas crian?as. Comportamentos de muita agita??o e cada crian?a correndo, pulando e subindo em todos os cantos daquela sala.?

 

A sala emprestada e, no contra-turno, era de educa??o infantil, ent?o, era toda decorada com personagens infantis. E l? se foi o palha?o, todo picado por uma das crian?as e no outro canto da sala, o macaco do circo picado e comido por outra crian?a!

 

A emo??o de escrever sobre isso ? a mesma de quando me deparo, hoje, com crian?as muito agitadas, mas, agora, com a experi?ncia que as crian?as me ensinaram, sei como n?o deixar a ?sala um circo? e sei escut?-las, pois esses comportamentos t?m sempre no seu discurso, um pedido.?

 

Outra situa??o marcante: Forma??o em Terapia Comunit?ria (2004).

 

Esse foi o ?divisor de ?guas? da atua??o unit?ria em Psicologia. Essa forma??o veio para reafirmar a complexidade que ? entender o comportamento humano e as responsabilidades profissionais em a??es e atitudes al?m do setting terap?utico.?

 

Cenas Marcantes: trabalhando com um adolescente que j? n?o est? mais entre n?s, mas muito forte nas lembran?as, mem?rias e aprendizado.?

 

Cena: ?Montar cen?rio do que esse adolescente mais gostava de fazer: Ir para o s?tio.”

O adolescente foi procurando imagens de galinha para colocar no cen?rio do s?tio. Apontou um ?frango assado? e o marcante como ?terapeuta?. Eu n?o entendi a sua nomea??o e continuei pedindo pela imagem de uma galinha.

 

Aprendizado: ?Um olhar contextualizado em todas as mensagens do outro.?

 

Outra cena: no Grupo Psicoterapia, ap?s o lanche do grupo, um participante ainda dizia estar com fome.?

 

Uma amiga sua disse: ?Por que est? com fome se comeu uma banana-ma????

Ele respondeu: ?N?o, n?o, comi somente uma banana.?

 

Aprendizado: At? na vida adulta, como ser? que as pessoas com autismo interpretam um contexto, uma mensagem, uma ordem?

 

Enfim, todo o meu aprendizado eu tive no v?nculo com eles, com as fam?lias, com a Institui??o.

 

Hoje todo meu trabalho ? alicer?ado na constru??o desse conhecimento, agregado ? teoria, ? doa??o e ao desejo de fazer v?nculo com todos e apoi?-los no que for necess?rio.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

A flexibilidade de adaptar um tema, um conte?do, de acordo com as demandas das fam?lias e de cada educando que atendo.

 

Por Laudil?ia Renasato Alves Ribeiro

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Porque, como profissional, eu pretendo passar o que aprendi e que todos que se achegarem a mim possam ter autonomia e independ?ncia nas atividades de vida di?ria e no ?mbito social. Para que eu possa, ent?o, contribuir de alguma forma para o desenvolvimento integral da crian?a ou do jovem.

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

Eu estava realizando atividades de P?scoa com um grupo e, no meio das conversas, surgiu um questionamento por parte dele de que a P?scoa ? uma forma de ganhar dinheiro, s? com?rcio.?

 

Pedi a ele que me falasse o que era P?scoa e o que ele gostaria. No mesmo instante, respondeu-me que a P?scoa era ?ressurrei??o, nascimento de Jesus? e o que ele mais gostaria era que sua fam?lia toda junta, com todos reunidos, e que ele ganhasse ovo de P?scoa.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Aprendo que todos somos ?nicos e que cada um tem as suas particularidades. Aprendo que a humildade e o amor s?o bens a serem compartilhados e que o respeito ?s limita??es deve ser levado em considera??o.?

 

Por B?rbara Carolina Teixeira Amado Munoz

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Porque eles s?o ?nicos e n?s podemos fazer alguma diferen?a na vida deles: ensinando, aconselhando, incentivando e mostrando que eles s?o capazes!

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

Certa vez, est?vamos trabalhando a express?o facial ?feliz?. O objetivo da atividade naquele dia era que o educando procurasse em revistas, figuras que representassem ?o que o deixava mais feliz?.?

 

Quando o educando encontrou e identificou uma mulher, o mesmo disse que era sua m?e (j? falecida). Disse tamb?m que estava com saudades e que queria ir para o c?u junto com ela, para que a ?mam?e? pudesse cuidar dele.

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

Aprendo que cada pessoa ? ?nica com suas particularidades. ? um aprendizado di?rio sobre desafios.??

 

Por Cristiane Aparecida Jesuino

 

  • Por que atuar com crian?as e jovens com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)?

 

Acredito que temos sempre que acreditar no potencial de cada sujeito. E poder contribuir para que eles tenham uma maior independ?ncia para realizar as atividades do dia a dia ? o que me motiva.

 

  • Qual hist?ria voc? se recorda como uma das mais marcantes que j? viveu ao longo da trajet?ria com os educandos??

 

A que mais marcou foi poder transformar uma ?mania? que um educando estava apresentando com um objeto e dar outro significado para aquele objeto. Foi marcante ver o quanto ele ficou envolvido nessa brincadeira e acabou por se ?esquecer? da mania.?

 

  • O que voc? aprende enquanto ensina?

 

Do dar e receber, carinho, respeito, compreens?o, empatia, paci?ncia, conhecimento, dedica??o e comprometimento.?

 

  1. Colaboradores (atendentes, cozinheira, ajudantes)

 

Por Fabiola de Aquino

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

Trabalhar no SER ? visualizar e participar de supera??es o tempo todo. Cada sorriso, cada atitude ? muito importante para mim.

 

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

A dedica??o e a confian?a s?o muito importantes, por este motivo sempre entrego o melhor e com clareza. E para os nossos educandos sempre com respeito e aten??o.

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

Com um ambiente acolhedor, com a fam?lia e sempre encorajando todos os profissionais, penso sempre em crescer e prestar o meu trabalho com excel?ncia.

 

Por Laura Krepski Gon?alves

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

Trabalhar com crian?as com TEA ? sempre uma caixinha de emo??es e surpresas! Sem d?vidas participar dos espet?culos art?sticos do Instituto me emociona sempre!?

 

Ver a supera??o, a emo??o e a dedica??o dos educandos emociona todos aqueles que participam do processo de cria??o do espet?culo at? o momento de sua concretiza??o no palco. ? emocionante ver profissionais, fam?lia e educandos unidos por uma ?nica causa!

 

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

Acordar sabendo que, al?m de um dia de trabalho, vamos ter um dia de alegria, um dia de supera??o, um dia de afeto, nos d? outros motivos para viv?-lo.?

 

Todos os dias, as crian?as, no mais simples gesto, nos encantam e nos mostram que somos necess?rios, mesmo quando achamos que n?o. E isso me d? for?a para que a dedica??o e amor por aquilo que fa?o s? aumentem.?

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

O ambiente do Instituto SER nos permite crescer como profissionais e sempre somos encorajados a alcan?ar nossos objetivos.?

 

Estou cursando o 4? semestre de Fisioterapia e pretendo trabalhar aqui, mesmo depois de formada, por ser um ambiente muito acolhedor, al?m de ser refer?ncia no tratamento de crian?as com TEA (que ? a especialidade que quero) nacional e internacional.

 

Por Tamires Deodato

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

Al?m de ser um local onde eu me sinto bem, exercendo a fun??o que eu gosto, ? muito emocionante cada hist?ria que eu j? vi dentro do Instituto. Aqui, vejo o desenvolvimento dos educandos, cada um no seu ritmo, e isso ? bastante emocionante.

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

Saber que a minha dedica??o faz a diferen?a ? uma honra enorme, pois eu vejo a maneira como eu sou trata, tanto pelos colegas de trabalho como pelas fam?lias, e isso faz com que eu sempre d? o melhor de mim, sempre me empenhando no que fa?o e, acima de tudo, respeitando o espa?o de cada um.

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

N?o, pois o que eu fa?o vai al?m do que as pessoas imaginam. Para ter contato direto com as fam?lias que t?m parentes com TEA, voc?? precisa saber lidar, saber a maneira de conversar, pois s?o fr?geis e, muitos deles, n?o entendem o que est? acontecendo e est?o em busca de ajuda.?

 

Poder dar este “conforto” para essas fam?lias faz com que eu n?o me imagine trabalhando em outro local.

 

Por Davina da Silva?

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

Experi?ncia com as pessoas e saber lidar com cada tipo de situa??o.

 

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

Fico muito feliz de participar desse grupo de trabalho e do trabalho em equipe.

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

N?o consigo.?

 

Por Cerineide Santos Lupa de Sousa

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

Cada dia ? uma nova experi?ncia com respeito, afeto, amor, carinho e dedica??o com esses educandos.?

 

Podemos estar presente na vida deles e trazendo cada vez mais autonomia de higieniza??o, banhos, administra??o de medicamentos e o pr?prio cuidado di?rio.?

 

Como ? bom arrancar um sorriso de uma pessoa com TEA, ? satisfat?rio!?

 

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

? muito gratificante.

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

N?o, pretendo terminar meu curso e depois fazer uma p?s em inclus?o de TEA. Meu objetivo ? trilhar um caminho de aprendizagem que vai possibilitar a transforma??o do saber. Meu sonho!

 

Por Silvana dos Santos Lupa

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

Bom, cada dia ? uma nova experi?ncia, porque tudo que fa?o com esses educandos ? com muita dedica??o e amor.?

 

Ent?o, no dia a dia, ver como eles ficam alegres e felizes ao aprender o que ensinamos a eles ? muito emocionante.

 

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

? ?divino? e muito gratificante saber que sua dedica??o em casa com familiares e para os educandos faz a diferen?a. ? muito glorioso!?

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

Por enquanto, n?o me imagino trabalhando em outros ambientes, mas sim procurando possibilidades de novos conhecimentos para melhor atend?-los se Deus quiser.?

Por Jandira Maria da Silva

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

A melhor experi?ncia ? saber que eu tenho uma boa rela??o com todos aqui e quando os educandos falam que a comida est? boa. Este ? o b?nus!?

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

Eu tenho uma grande consci?ncia que estou aqui fazendo a comida para eles, com muito amor e carinho e que, assim, eles t?m uma refei??o gostosa e saud?vel. Dou o meu melhor para que isto aconte?a.?

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

Hoje eu n?o imagino, porque eu estou aqui e sou grata. Realizo esta atividade aqui, mas se eu ver a necessidade de realizar em outro lugar, fa?o com a mesma dedica??o.

 

Por Ester de Oliveira Batista Neta

 

  • Quais as melhores experi?ncias que j? viveu durante seu trabalho e no contato com os educandos com TEA?

 

? uma experi?ncia nova para mim, mas estou muito feliz.?

 

  • Como ? acordar e saber que sua presen?a e sua dedica??o no SER fazem diferen?a para os educandos e suas fam?lias?

 

Fico muito grata.?

 

  • Voc? se imagina realizando suas atividades em outro ambiente?

 

Por enquanto n?o, gosto de onde estou.?

 

 

  1. Pais e respons?veis

 

Por Odete Sbravati (educanda J?lia)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Comemorar pequenas conquistas, dar valor a cada aprendizado. Fico muito feliz com as pequenas coisas da vida.?

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Reflete na rotina do dia a dia no comando de ordem, nas AVD.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Sentar em um sof? e fazer brincadeiras em grupos, curtir m?sicas, brincar, caminhar, ir nas piscinas.

 

Por Jullyene Moraes (educando Nicolas)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Bom, para mim, ? estar com ele, levar ele, sem o aprisionar em casa, por conta do preconceito ou pelo o que as pessoas falam ou pensam. O importante ? estar com seu filho e que ele fa?a parte desse mundo! A palavra certa ? aceita??o!

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Bom, noto que est? fazendo bastante coisa, ajudando na aprendizagem.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Brinca de dar beijos, momentos de carinho, de fazer c?cegas, brincadeiras, etc. Momento bem fam?lia mesmo.?

 

Por Rita de C?ssia Teixeira/ Osias Teixeira (educanda Isabela)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Compartilhar para mim significa doar, se colocar no lugar, oferecer momentos alegres, introduzi-la nas atividades di?rias da fam?lia, esquecer das dificuldades e avan?ar nas adversidades.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

As m?sicas que ela aprende, ela leva para casa e ?me ensina? o que d? para ela ensinar. As hist?rias que ela ouve, ela ?tenta? me contar.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Consigo despertar sorrisos quando ela canta m?sicas tipo: cachorro rabito.?

 

Consigo despertar sorrisos quando vamos para equoterapia e seus cavalos preferidos s?o o Hebreu e o Black.?

 

Consigo despertar o sorriso quando ela brinca na ?gua (piscinas, cachoeiras, mar, rio, banheira).

 

Consigo despertar sorrisos quando ela vai para o zool?gico (ver os animais).

 

Consigo despertar sorrisos quando pego o viol?o e vamos cantar uma m?sica: Vamos l?!

 

Por Priscila Silva (educando Pietro)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Um aprendizado di?rio. Carinho e amor ? o que eu recebo.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O di?logo dele tem sido mais adulto para a idade. Sempre relata o que aprendeu.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Sair com o Walter, ver filmes. Conversar sobre assuntos do interesse dele.?

 

Por Eliene Ferreira/ Aleandro Ferreira (educando Everton)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Significa mais paci?ncia, toler?ncia, aprendizado, etc.?

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Refletem no dia a dia, quando ele se mostra mais calmo e mais paciente.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Visitar os av?s, ir ao circo, ao s?tio, ir ? praia e aos parques.?

Por Roberta Zagha/ Cl?udio Zagha (educando Nathan)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Um desafio, um aprendizado.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

A equipe do Instituto SER nos ajuda a lidar com as diversas situa??es dif?ceis do dia a dia de um autista.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Os momentos que o Nathan mais gosta s?o as brincadeiras e um dia de sol na piscina e na praia.?

 

Por Marcela Ferreira/ Henrique Ferreira (educando Felipe Ferreira)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Aprender a viver o presente e a valorizar pequenas conquistas.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O conv?vio se torna mais prazeroso ? medida que o meu filho adquire uma nova habilidade e/ ou extingue um comportamento inadequado. O Instituto SER nos faz acreditar em uma ?autonomia? poss?vel.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Caf? da manh? em fam?lia. Acontece apenas aos finais de semana, mas ? um momento no qual todos n?s gostamos e nos sentimos bem.?

 

Por Erika Nunes/ Carlos Eduardo Nunes (educando Rafael Nunes)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Um eterno aprendizado. Muito amor e muita doa??o. Os sentimentos oscilam o tempo inteiro entre alegria, medo, gratid?o, frustra??es e amor!

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O Rafael ? aluno novo, come?ou em fevereiro, por isso temos pouco tempo de avalia??o, mas j? notamos nitidamente ele mais calmo e organizado.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Contar hist?rias, cantar m?sicas, ir para a piscina.?

 

Por Marluce Silva/ Orivaldo Silva (educando Luis Henrique)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Paci?ncia e caridade.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O Lu?s ? um caso muito complicado e delicado, mas com toda dedica??o que a escola est? dando acho que ? poss?vel reverter o quadro.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Quando ele resolve ler piadas engra?adas.

 

Por Adriana Cristina (educando Igor)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Significa aprender a cada dia. Aprender que os problemas devem ser encarados como desafios e pequenas conquistas s?o motivos de muita alegria.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Percebo que quando o Igor vai para a escola, ele fica mais calmo, mais alegre e aceita melhor a rotina, o que n?o acontece em per?odo de f?rias, por exemplo.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Quando vamos em lugares com piscina, o Igor faz quest?o que eu e outros familiares entremos com ele e que andemos de m?os dadas dentro da ?gua.?

 

Por Normando Rocha/ Rozang?la Rocha (educando Felipe Ribeiro)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Significa dar valor aos pequenos detalhes e comemorar pequenas conquistas que para n?s s?o valiosas.?

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Na independ?ncia, no modo como ele se comporta.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

No caf? da manh?, ele faz e nos serve, coloca nas nossas x?caras. Viajar ou andar no carro ouvindo m?sicas.?

 

Por Elisete Pazetti (educanda Bruna)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Hoje, viver com a Bruna ? uma ben??o para mim. Ela ? minha companheira, minha amiga, me ajuda em todas as tarefas, se preocupa comigo, cuida de mim.

 

Nos dias de hoje, a minha filha Bruna retribui todos os cuidados que eu tive com ela, ela realmente ? uma pessoa maravilhosa de conviver.?

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O SER me ajudou na forma??o da Bruna como pessoa, como indiv?duo, embora ela tenha ainda muitas limita??es com rela??o ? parte cognitiva, aos conhecimentos de algumas coisas como a matem?tica ou elabora??o de frases sozinha, como fazer algum bilhete.?

 

Ela ? limitada ainda, mas ela n?o ? limitada para a vida. Ela tem um social muito bom, ela respeita as pessoas e, como eu disse na primeira resposta, ela retribuiu tudo o que eu fiz no sentido de cuidar de mim como eu sempre cuidei dela.?

 

O SER trouxe para a Bruna calma, equil?brio e organiza??o e isso foi muito importante para que no dia a dia ela conseguisse desenvolver as atividades e superar suas dificuldades.?

E eu s? tenho a agradecer.??

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

A Bruna participa dos momentos da fam?lia e gosta muito quando est? na piscina com os sobrinhos, quando eles chegam para refei??o, brincam, fazem bagun?a.?

Antigamente ela se irritava, n?o gostava muito de brincadeiras e de ?goza??es?. Hoje ela j? aceita e brinca junto comigo.?

 

Ela se diverte bastante quando eu fa?o alguma coisa errada, eu sou meio atrapalhada, ent?o eu brinco com isso e ela ri e eu acho que isso ? importante para ela ver que, assim como ela, tenho dificuldades tamb?m.?

 

Em outras horas eu sou brincalhona com as crian?as e isso fez com que ela se soltasse. Hoje em dia, com a pandemia, nossas atividades est?o limitadas, mas mesmo em casa, ela brinca com o cachorro, ri com o cachorro, brinca com as galinhas e me ajuda nas tarefas de casa.?

 

Os momentos se limitam a n?s e nossa fam?lia mesmo. Mas ela tem os momentos felizes, participa comigo assistindo os programas de TV, coisa que ela n?o fazia antes. Esta tem sido nossa vida. Ela n?o tem sa?do e os momentos de maior alegria s?o com a fam?lia quando est?o todos os sobrinhos e os irm?os reunidos em casa.

 

Por Paula Baggio/ Roufli Baggio (educando Ot?vio)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Muitos desafios, muito aprendizado. Sair da zona de conforto para, incansavelmente, melhorar sua condi??o.??

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Tem aprendido a esperar mais. Percebemos tamb?m mais alegria e prazer no dia a dia.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

C?cegas, abra?os e beijos.?

 

Por Giovana Uliana/ Carlos Pogi (educando Lucas Pogi)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Significa se mobilizar em todos os setores da vida.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O aprendizado do Instituto reflete muito pouco na minha casa, pois o Lucas tem muita dificuldade em generalizar o aprendizado.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

De noite, brincar de cabaninha.

Quando eu olho nos olhos dele e falo ?DIID?, ele ri muito!

Quando aperto os p?s e a bochecha.

Quando eu pergunto para ele do irm?o Bruno que n?o mora aqui.?

 

Por Alessandra Sbrana (educanda Mait?)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Significa um aprendizado novo a cada dia. Passamos a ter um olhar diferente para as coisas do dia a dia.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Refletem em todos os ?mbitos da rotina di?ria. S?o muito importantes na autonomia e na aquisi??o de novas coisas e nas diretrizes para evolu??o comportamental.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

No momento, s?o as atividades no quintal com bola.

 

Por Jussara Pratti (educando Gabriel Pratti)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Aprendizado di?rio, rotina r?gida, adapta??o do modo de ser e agir da crian?a.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

No caso do Gabriel, acredito que auxilia bastante na rotina, mas de um modo geral, em casa, n?o estou notando mudan?as.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Assistir a Bita e os animais e outros desenhos e brincar l? fora com o gato Tatu e a cachorra Zol!

 

Por Angela Zorzetto (educando Roger)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Pra mim, ? um aprendizado a cada dia, um mundo diferente ao qual eu nunca imaginei fazer parte. Bem, se eu fosse falar tudo que significa compartilhar minha vida com o Roger, s? uma folha n?o daria para descrever.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Bem, o Roger mudou muito desde que est? no SER. Hoje, nossa conviv?ncia ? bem melhor, apesar da teimosia dele ?s vezes, mas hoje eu sinto meu filho mais vivo.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

N?o temos muitos momentos, porque eu trabalho e tudo ? muito corrido, mas o Roger ri muito quando eu deixo cair alguma coisa no ch?o. Ele ri muito, ?s vezes, tamb?m quando eu pulo em cima dele na cama.

 

Por Adriana Suardi/ Marcos Paulo Suardi (educando Lucas Suardi)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Compartilhar a vida com um jovem com TEA ? um grande aprendizado de amor. Com certeza somos n?s, os pais, e as pessoas que convivem com ele, que mais aprendem a respeitar e a lidar com as diferen?as.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Acreditamos que refletem no respeito ?s regras e na integra??o social. Os aprendizados nos ajudam em casa tamb?m, nas tarefas di?rias.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Os sorrisos v?m quando ele est? no cavalo. S?o os momentos que mais despertam alegria, pois os sorrisos e a alegria do Lucas s?o contagiantes e nos deixam muito felizes.?

 

Por Ana Ferraz (educando Tiago)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

N?o ? uma prova f?cil, mas muito construtiva emocional e espiritualmente. Sempre digo que meu filho ? um presente de Deus que nos traz alegria e crescimento.?

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O Instituto SER ? a segunda casa do Tiago, onde ele vai com alegria e volta feliz. O suporte profissional para a fam?lia sempre foi fundamental para n?s, pais, nos apoiando com palestras, cursos e atendimentos individualizados.?

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Para o Tiago ? f?cil, ele ? feliz! Em nossas caminhadas, ele escolhe os caminhos, cumprimenta todos que encontra na rua com um belo ?bom dia? e um sorriso. Em casa, quando colocamos para ele as m?sicas que ele quer ouvir. Quando viajamos ? pura felicidade para o Tiago.?

 

Quando vai comer algo que gosta (tudo) ? pura felicidade! Tiago acorda cantando e vai dormir cantando. Nossa casa ? totalmente musical por causa do Tiago. Muito obrigada! Somos eternamente gratos ao Instituto SER por todo apoio que sempre nos proporcionou nesta bela jornada que a vida nos deu!

 

Por M?rcia e Jorge (educando Jo?o Paulo)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Aprendizado constante. Cada dia ele est? de um jeito no temperamento e temos que nos adaptar e aprender com ele.?

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

N?o costuma compartilhar o aprendizado, a gente pergunta como foi a aula e ele responde que foi bom. O que o empolga, ele tenta fazer em casa. Ou, como o teatro, e algumas terapias, ele fica sonhando em como ir? realizar. N?o deixa ver as tarefas, acha que ? um material s? dele.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

O Jo?o Paulo gosta muito da fam?lia reunida, isso o deixa muito feliz. Os almo?os, caf? e festas trazem muita alegria para ele.

 

Por Rosane Godoy e Valter Godoy (educanda B?rbara)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

? um aprendizado de perseveran?a, paci?ncia e muito amor. Significa uma busca constante por tratamentos visando, sempre, a felicidade e bem-estar.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O Instituto SER foi uma luz na vida da B?rbara e de toda a nossa fam?lia. Vimos em todos esses anos um crescimento significativo da autoestima, do cognitivo e do equil?brio psicol?gico.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Quando caminhamos cantando e dan?ando, ouvindo m?sica e viajando, e nas refei??es em fam?lia.

 

Por Fl?via Cristina Oliveira/ M?rio Tommey (educando Felipe Tommey)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

Aprendizado di?rio. Paci?ncia para entender as dificuldades e sabedoria para ajudar a superar as fraquezas e obst?culos.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

Melhor mobilidade, entendimento do contexto no qual est?. Maior interesse, mais envolvimento com a gente. Sempre perto, sempre participando.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Brincadeiras com a irm?. Ouvir m?sica junto. As brincadeiras de bola e de pega pega.

 

Por Ana Cl?udia Aguiar/ F?bio Aguiar (educanda Mariana)

 

  • O que significa compartilhar a vida com uma crian?a/jovem com TEA?

 

? ressignificar a nossa vida, entender que devemos aceitar e entender as diferen?as e que nossos filhos t?m seu ritmo pr?prio e necessidades especiais.

 

  • Como os aprendizados no Instituto SER refletem no dia a dia da casa?

 

O Instituto SER tem contribu?do muito para o desenvolvimento intelectual e social da Mariana, que aplica muito do conhecimento adquirido na cl?nica-escola em suas atividades cotidianas em casa, como na leitura, nas conversas (ela possui um grande repert?rio de assuntos), na internet, etc.

 

  • Quais momentos em fam?lia s?o respons?veis por despertar sorrisos? Conte pra gente uma atividade que voc?s realizam juntos e que desperte essa alegria coletiva.

 

Semanalmente, a Mariana realiza atividade de culin?ria com o apoio da Terapeuta Ocupacional e a atividade consiste na escolha de um prato, relacionar os ingredientes, fazer compras no supermercado (antes da pandemia) e preparar a refei??o, que ? servida na hora do jantar, onde todos apreciam o menu.?

 

Neste momento, conversamos e rimos muito. A Mariana fica muito feliz e orgulhosa pelos elogios recebidos.

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